A sócia e mediadora Elisa Beylouni participou do evento “DESAFIOS 2023: DIREITO, COMPLIANCE E EMPRESAS”, oferecido pelo escritório de advocacia DENISE FINCATO ADVOGADOS, em simpática acolhida no Instituto Ling, Porto Alegre. Dentre os temas abordados com proficiência pelos palestrantes, todos afeitos em primeira mão ao Direito do Trabalho, encontrou-se muito a conectar com a mediação de conflitos e com a negociação. Abordadas importantes questões relativas à terceirização em matéria trabalhista, assédio moral e sexual no contexto das empresas e suas consequências diante da legislação, as mudanças paradigmáticas em negociações coletivas do trabalho por aplicação de entendimento jurisprudencial atual, bem como aspectos fundamentais atinentes à contratos civis e as iniciativas para prevenção de litígios nas empresas. Finalmente, importante questão relativa à multidisciplinariedade dos programas de compliance e a necessidade de cuidados no tratamento de dados sensíveis. Todos temas onde se vislumbra a necessidade de intercomunicação de diferentes esferas ligadas às empresas, com aspectos fundamentais à gestão e governança. A mediação e a negociação ligam-se ao aspecto humano de processos comunicacionais, contribuindo na facilitação de medidas e decisões atinentes à saúde empresarial e laboral, sobretudo diante da rapidez em que se apresenta a tecnologia a gerar, muitas vezes, ruídos comunicacionais e outras consequências. Desta forma, a abordagem revelou que o aspecto humano, consubstanciado na intercomunicação, na interlocução dos agentes empresariais e no ambiente de trabalho e a efetiva conscientização e responsabilização faz-se mais do que necessária nos tempos atuais. Parabéns ao DF Advogados pela iniciativa e abordagem de conteúdo tão fundamental às empresas e relações do trabalho.
Roda de Conversas -CEMAPR
Aconteceu no dia 27 de julho, às 18h30min, a Roda de Conversas promovida pela Comissão Especial de Mediação, Arbitragem e Práticas Restaurativas da OAB/RS – Santa Maria – CEMAPR, com a participação da sócia-diretora Adriana Rivoire Menelli de Oliveira pela Câmara Mediadores do Sul. Presentes também, Júlio César Vidor pela OAB/RS – Santa Maria e integrantes Camila Stangherlin e Karina Brunet da CEMAPR, além do colega Vitalinio Lannes Guedes como coordenador do evento. Na ocasião, o tema proposto discorreu sobre a Mediação de Conflitos no Ambiente Educativo: possibilidades para o entendimento.
No período de uma hora e meia, a mediadora Adriana Menelli ressaltou a importância da Mediação de Conflitos como política pública para a resolução de controvérsias, em especial em espaços educativos, além de como a mediação pode ser uma oportunidade para os sujeitos exercitarem a compreensão, a autonomia e a autocomposição, no exercício de sua cidadania, bem como um estímulo à capacidade de criticidade e de interação dialógica entre os envolvidos em um determinado conflito.
Adriana Menelli destacou a caracterização dos espaços educativos, suas especificidades e como espaço social, relacional e cultural, onde coabitam e convivem diversas personalidades, sendo esses professores, pessoal não docente, alunos e encarregados de educação, cada um com as suas experiências, motivações, pontos de vista, desejos e interesses.
Durante sua exposição, discorreu sobre sua experiência como mediadora e gestora de espaços educativos e de como a mediação de conflitos pode contribuir para o desenvolvimento social e emocional, melhorar a qualidade da convivência, viabilizar o diálogo construtivo e a negociação na tomada de decisões, viabilizar as relações interpessoais na convivência do ambiente educativo e prevenir a escalada dos conflitos.
Na sequência, Adriana Menelli elencou pontos importantes para o desenvolvimento da mediação de conflitos em espaços educativos. Ressaltou a presença de um terceiro imparcial e ausente de poder; o empoderamento dos sujeitos e do não controle, a moralização, a manipulação, ou a decisão pelo terceiro; que o processo pode acontecer no formato formal ou informal, por meio de uma negociação assistida; que podem ser firmados acordos de entendimento e de compromissos mútuos; que a intervenção deve acontecer de forma pacífica em contextos de tensão; que o processo requer autonomia e a autodeterminação das partes, pelo que o poder de decisão cabe a estes e não a um terceiro; que o foco é no diálogo e no processo de comunicação; que a abordagem deve ser transdisciplinar; onde não há autoridades e que deve acontecer entre pares. Com o entendimento e conscientização sobre a importância da Mediação de Conflitos como política educacional, pode-se construir um plano de mediação, que deve ser colaborativo e com a participação de todos.
Ao final da exposição, abriu-se a palavra para o debate que ocorreu de forma participativa e profícua para o entendimento dos pontos relevantes trazidos pela palestrante.