Roda de Conversas – CEMAPR

Aconteceu no dia 27 de julho, às 18h30min, a Roda de Conversas promovida pela Comissão Especial de Mediação, Arbitragem e Práticas Restaurativas da OAB/RS – Santa Maria – CEMAPR, com a participação da sócia-diretora Adriana Rivoire Menelli de Oliveira pela Câmara Mediadores do Sul. Presentes também, Júlio César Vidor pela OAB/RS – Santa Maria e integrantes Camila Stangherlin e Karina Brunet da CEMAPR, além do colega Vitalinio Lannes Guedes como coordenador do evento. Na ocasião, o tema proposto discorreu sobre a Mediação de Conflitos no Ambiente Educativo: possibilidades para o entendimento.

No período de uma hora e meia, a mediadora Adriana Menelli ressaltou a importância da Mediação de Conflitos como política pública para a resolução de controvérsias, em especial em espaços educativos, além de como a mediação pode ser uma oportunidade para os sujeitos exercitarem a compreensão, a autonomia e a autocomposição, no exercício de sua cidadania, bem como um estímulo à capacidade de criticidade e de interação dialógica entre os envolvidos em um determinado conflito.

Adriana Menelli destacou a caracterização dos espaços educativos, suas especificidades e como espaço social, relacional e cultural, onde coabitam e convivem diversas personalidades, sendo esses professores, pessoal não docente, alunos e encarregados de educação, cada um com as suas experiências, motivações, pontos de vista, desejos e interesses.

Durante sua exposição, discorreu sobre sua experiência como mediadora e gestora de espaços educativos e de como a mediação de conflitos pode contribuir para o desenvolvimento social e emocional, melhorar a qualidade da convivência, viabilizar o diálogo construtivo e a negociação na tomada de decisões, viabilizar as relações interpessoais na convivência do ambiente educativo e prevenir a escalada dos conflitos.

Na sequência, Adriana Menelli elencou pontos importantes para o desenvolvimento da mediação de conflitos em espaços educativos. Ressaltou a presença de um terceiro imparcial e ausente de poder; o empoderamento dos sujeitos e do não controle, a moralização, a manipulação, ou a decisão pelo terceiro; que o processo pode acontecer no formato formal ou informal, por meio de uma negociação assistida; que podem ser firmados acordos de entendimento e de compromissos mútuos; que a intervenção deve acontecer de forma pacífica em contextos de tensão; que o processo requer autonomia e a autodeterminação das partes, pelo que o poder de decisão cabe a estes e não a um terceiro;  que o foco é no diálogo e no processo de comunicação; que a abordagem deve ser transdisciplinar; onde não há autoridades e que deve acontecer entre pares. Com o entendimento e conscientização sobre a importância da Mediação de Conflitos como política educacional, pode-se construir um plano de mediação, que deve ser colaborativo e com a participação de todos.

Ao final da exposição, abriu-se a palavra para o debate que ocorreu de forma participativa e profícua para o entendimento dos pontos relevantes trazidos pela palestrante.